sexta-feira, 15 de julho de 2011

Anima Mundi 2011 - A View From The Galleries I

Meu Natal em Julho começou.

De hoje, 15 de Julho, até domingo, 24, temos o Festival de Cinema de Animação do Rio de Janeiro, edição 2011, a. k. a. Anima Mundi.

Como de hábito, lá estou no estande do 2D do Estúdio Aberto, com meu compadre Alan Castilho e duas moças recém-chegadas, Giovanna e Suzani, esta aliás desenhista de mangá com uma revista impressa própria!

Falando nos estandes, uma notícia chatinha pra turma de São Paulo... não vai rolar o Estúdio Aberto. Só aqui no Rio de Janeiro.

A sexta-feira veio tranquila, após a presença certa de excursões escolares públicas. Mas após isto, esvaziou consideravelmente, fenômeno que não via há muitos anos. Aventaram a estréia do último filme do Harry Potter... será?

Tudo quieto no front da massinha, quieto demais... mesmo em se
considerando as 19h desta foto.

Aos poucos, vejo e revejo os habitués. Nos estandes, muita gente nova, a falta de alguns rostos e conversas serão sentidas, infelizmente.

Este ano não poderei ficar para ver as sessões depois do trampo. Vou, portanto, fazer minha Anima Mundi no youtube, baseado no que eu ler das sessões do dia.

Destaque do Papo Animado: Carlos "Rio" Saldanha no sábado, dia 23, e Shinchirô "Cowboy freakin' Bebop, dude! Cowboy freakin' Bebop!!!" Watannabe no dia 24.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Anima São - Festival de Animação de São Gonçalo

Rolou uma divulgação ainda agora, na animadores@yahoogroups.com

Festival de Animação de São Gonçalo-PARTICIPE!!!

Festival Internacional de Animação da cidade de São Gonçalo em 16, 17 e 18 de junho de 2011, seguindo a linha de Festivais de Animação brasileiros.

O evento reunirá personalidades do Cinema de Animação nacional, convidados e produtores nacionais que estarão demonstrando seus talentos em produções inéditas e também as premiadas em outros festivais mundiais.

O público terá a oportunidade de mostrar seu talento em oficinas de animação com orientação e apoio de monitores especializados.

É característica do Anima-São as exibições públicas e gratuitas em locais da cidade, para o público em geral, de todas as classes sociais e idades possam compartilhar a beleza do Cinema de Animação nacional e também internacional.

Mais informações >> http://animasaofestival.blogspot.com/

segunda-feira, 2 de maio de 2011

3º Festival Internacional de Animação LGBT

Da divulgação:

O Diversidade em Animação 2011 - 3º Festival Internacional de Animação LGBT traz uma programação inteirinha de animações Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros. O festival acontecerá de 06 a 13 de maio de 2011, sempre às 17h30 e 19h no Cine Cultural Justiça Federal (Centro Cultural Justiça Federal) Avenida Rio Branco 241, Centro, Rio de Janeiro. No total foram selecionados 45 Filmes de Animação brasileiros e estrangeiros: 23 animações para Competição de Curtas (1 e 2), 12 episódios de animação para o Especial J.J. Sedelmaier e 10 animações para a Retrospectiva - Premiados e Melhores de 2010.

O site do evento é este aqui, o link do email aqui.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Rio


A Blue Sky é uma produtora de efeitos especiais e longas de animação em CG menos conhecida do que a Dreamworks (Shrek) ou a Pixar (dã), mas que nos deu os sempre bem vindos A Era do Gelo (cujo próximo está planejado para 2012). Carlos Saldanha dirigiu os últimos dois da franquia, e agora, Rio.

Carioca de Marechal Hermes, aborda com sensibilidade a cidade onde nasceu, apresentando uma cidade da qual podemos se não nos orgulhar, pelo menos gostar de dizer "ei, eu moro aí". Como me chamaram a atenção, atentem para a luz utilizada, até a luz é a do verão carioca. Rio é sobre luz, cor e música (cuja direção, aliás, é assinada por Sérgio Mendes).

Os cenários, naturais e urbanos, são os nossos. Não é um Rio de Janeiro genérico, é uma cidade vivida e vívida. É o verde correto da nossa parca Mata Atlântica, sobrevivente em nossas encostas. Ao retratar o carnaval brasileiro, especialmente o desfile na Sapucaí, foi um acerto à parte. Pena que o desfile não tenha sido maior, mas isto é uma opinião minha.


A história envolve duas araras azuis, apresentadas como as últimas de sua espécie, macho e fêmea. Ela é uma arara selvagem, que acredita que o primeiro dever do prisioneiro é tentar fugir. Ele é uma arara doméstica, arrancada desde filhotinho das matas de encosta do Rio de Janeiro que vai parar em Minesotta e que, superprotegido pela dona, só sabe agir em um ambiente doméstico, humano. É a velha história de superarem as diferenças contrastantes juntas, para conseguirem conquistar o final feliz.


O elenco de apoio, entre oposição e aliados humanos, é mais do que eficiente - mas os animais é que realmente dão o show, várias e várias vezes. Gangues de micos, pássaros malandros, um buldogue deslocado, e uma cacatua vilanesca que rouba a cena.

Não é a coisa mais inédita do mundo: animais 'urbanizados' sendo arremessados de volta à natureza já faziam platéias morrerem de rir pelo menos desde 2005 com Madagascar, e a inversão de papéis, deixando a mocinha como sendo o personagem de ação e o mocinho como o lado mais 'frágil' da parceria também não são novidade.


Há críticas por aí reclamando dos estereótipos de carnaval, futebol e pobreza/criminalidade. Eu não sei se essas pessoas entendem, mas um longa de animação, como obra de entretenimento, não pode, e não deve tentar ser, digamos um tratado de sociologia ou uma tese de antropologia. Não há desculpas, é claro, para que ele não seja informado, ao se montar a história. Eu não sei, simplesmente não sei, como ignorar em um filme chamado Rio nenhum dos três elementos acima. O retrato passado é - mesmo o que normalmente é negativo - positivo, e sem melodrama ou paternalismos. E, vamos lá, um pouquinho de autocrítica do nosso coletivo: quantas pessoas vocês conhecem que parece que largam tudo para assistir uma partida de futebol, ou para cair na folia?

Eu não posso deixar de recomendar Rio para qualquer um que goste de animação. Imagino que, em um ano de continuações das duas majors citadas lá em cima (que virão com Kung Fu Panda 2 e Carros 2), não sobre um Oscar ou alguns Annies para Carlos Saldanha e a Blue Skye, ano que vem.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sucker Punch: In The Trenches

Inspirado no filme Sucker Punch, o animador Ben Hibon fez um curta baseando-se na primeira das danças de Baby Doll.



Digo e repito, amaria ver um Animatrix da vida, voltado a Sucker Punch.

quarta-feira, 9 de março de 2011

The Concept Art Blog

Muito bacana o The Concept Art Blog, que fala sobre arte conceitual em animação: aliens, personagens, robôs, cenários, tudo aquilo que povoa e que faz parte de um mundo ficcional. Artigo muito bom sobre Enrolados, aliás.

terça-feira, 8 de março de 2011

Enrolados

O que há de errado - ou muito certo - nesse cartaz?

Enrolados é uma animação de computação gráfica 3D da Disney muito boa, envolvendo uma protagonista de contos de fada até então deixada de lado: Rapunzel.

Lembra o que já foi feito anteriormente pela Casa do Mickey, com números musicais e bichinhos engraçadinhos - ainda que se limitem a dois, sensacionais: o camaleão cúmplice de Rapunzel e um cavalo totalmente psicopata. Lembra também um pouco outra obra da casa, o magnífico Aladdin, em que uma princesa vai conhecer o mundo com a improvável ajuda de um ladrão por quem, claro, apaixona-se até o final da trama.

Quié?

Outros repetecos se dão: apesar do que foi dito sobre os bichinhos engraçadinhos, há uma hoste de humanos desajustados e caricatos que agem em reforço à princesa/os mocinhos, como no tão promissor Atlantis (e que havia sido dito de que não haveria "bichinhos"... pois). O que me faz suspeitar de certas influências, por sua vez, conforme mais abaixo.

A grande mudança se dá com a aproximação do humor e expressividade da animação com o que se vê da Warner Bros., por exemplo, até mesmo com o radical Tex Avery, e consequente distanciamento do formalismo tradicional disneyano. Ao final dos (belos) créditos, há um agradecimento ao "Pixar Think Tank", e ter John Lasseter como produtor executivo explica muita coisa - embora esta não tenha sido uma animação via Pixar.

O enfoque do levemente disfuncional por parte dos personagens começa por Rapunzel, bela, meiga, inocente e atrapalhada: Rapunzel chega a ser uma caricatura desse comportamento padrão das princesas disneyanas. Isto, e o clima de contos de fadas caricato remete imediatamente a Shrek (2001), da concorrente direta Dreamworks, e pelos últimos resultados da franquia, reteve somente as boas dicas. Ainda que a história de Rapunzel seja a da princesa prisioneira no alto de uma torre desde sempre, no cinema Fiona precede.

Rapunzel e Fiona: diretas da torre, divertidas e disfuncionais.

Mas independentemente das comparações, Enrolados diverte adultos e crianças, é muito bom, sim. Achei o resultado melhor do que outro recente "desenho com princesa" da Disney, A Princesa e o Sapo (2009).

Vi legendado, porque dublagem com "famosos" sem treino algum, tô fora.

terça-feira, 1 de março de 2011

Toonelada!

O ótimo nome é do blog do meu prezado Gustavo Almeida, grande figura e animador. De cara um ótimo e descontraído post sobre o remake da série animada ThunderCats, pela Cartoon Network, e comparações com a antiga, dos anos 80.

E O Oscar Vai Para...

Neste último 27, a Academia de Cinema de Hollywood premiou Toy Story 3 como Melhor Longa de Animação de 2010 (ganhando ainda Melhor Canção), e The Lost Thing como Melhor Curta. Meu preferido era Como Treinar Seu Dragão para longa, embora a escolha seja compreensível. Já para Curta, Madagascar - Carnet de Voyage sofreu uma injustiça. Bem, faz parte. Parabéns a todos os envolvidos!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Annie Awards 2011

Eis as principais caregorias do Annie Awards deste ano.

UPDATE: Vencedores em bold.

MELHOR LONGA ANIMADO

- Meu Malvado Favorito, Illumination Entertainment e Universal Pictures
- Como Treinar o Seu Dragão, Dreamworks Animation
- Enrolados, Disney
- O Mágico, Django Films
- Toy Story 3, Pixar

MELHOR CURTA ANIMADO
- Coyote Falls, Warner Bros. Animation
- Day & Night, Pixar
- Enrique Wrecks the World, House of Chai
- The Cow Wanted To Be A Hamburger, Plymptoons Studio
- The Renter, Jason Carpenter

MELHOR COMERCIAL DE TELEVISÃO ANIMADO
- Children's Medical Center
- Frito Lay Dips "And Then There Was Salsa"
- ‘How To Train Your Dragon’ Winter Olympic Interstitial "Speed Skating"
- McDonald's "Spaceman Stu"
- Pop Secret "When Harry Met Sally"

MELHOR PRODUÇÃO DE ANIMAÇÃO PARA TELEVISÃO
- Futurama
- Kung Fu Panda Holiday
- Scared Shrekless
- Star Wars: The Clone Wars “Arc Troopers”
- The Simpsons “The Squirt and the Whale”

MELHOR PRODUÇÃO DE ANIMAÇÃO INFANTIL PARA TELEVISÃO
- Adventure Time
- Cloudbread
- Fanboy & Chum Chum
- Regular Show
- SpongeBob SquarePants

MELHOR VIDEO GAME ANIMADO
- Heavy Rain
- Kirby's Epic Yarn
- Limbo
- Shank

Fonte: blog Animação S.A.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Mágico

Do mesmo criador de As Bicicletas de Belleville.

Assisti O Mágico hoje, aqui no Espaço de Cinema, na Voluntários da Pátria (a parir de amanhã vai correr pro Cineclube Estação Botafogo).

Visualmente é um filme belíssimo, eu gostei do character design, os fundos então nem se fala... imagino que Edimburgo seja aquilo mesmo. A aldeia e as Highlands me convenceram. :)

Mas eu tive um problema com o andamento. Pareceu-me um filme do Jacques Tati - como, afinal, foi a partir do roteiro deste comediante francês, para quem não conhece (recomendo os que assisti: Meu Tio e As Férias de Monsieur Hulot) - só que lento. Um pouco demais.

O período de decadência é interessantemente marcado, sim, mas pessoalmente gostaria de ter visto um pouco mais de ênfase nos personagens colegas de infortúnio do Mágico: os acrobatas, o palhaço, o ventríloquo... aquela coisa meio chapliniana, talvez meio comédia italiana, que junta o humor com um pingo de tragédia: mas não, ficou entre as gags Tatiescas (a da lavagem do carro é dez!) e aquela relação esquisita entre ele e a menina.

Monsieur Tati, em celulóide e a cores...

Em português mais simples, confesso que achei meio chato. Talvez haja, realmente, uma sutileza ou duas que eu perdi, e sem dúvida que precisamos sempre de tratamentos de roteiro que não recaiam no óbvio.

Infelizmente, minhas impressões são essas.

No blog de Elenora Rosset - de onde encontrei o pôster -, entretanto, interessantes informações que podem dar uma luz a mais na compreensão desta história e formato.