quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Mágico

Do mesmo criador de As Bicicletas de Belleville.

Assisti O Mágico hoje, aqui no Espaço de Cinema, na Voluntários da Pátria (a parir de amanhã vai correr pro Cineclube Estação Botafogo).

Visualmente é um filme belíssimo, eu gostei do character design, os fundos então nem se fala... imagino que Edimburgo seja aquilo mesmo. A aldeia e as Highlands me convenceram. :)

Mas eu tive um problema com o andamento. Pareceu-me um filme do Jacques Tati - como, afinal, foi a partir do roteiro deste comediante francês, para quem não conhece (recomendo os que assisti: Meu Tio e As Férias de Monsieur Hulot) - só que lento. Um pouco demais.

O período de decadência é interessantemente marcado, sim, mas pessoalmente gostaria de ter visto um pouco mais de ênfase nos personagens colegas de infortúnio do Mágico: os acrobatas, o palhaço, o ventríloquo... aquela coisa meio chapliniana, talvez meio comédia italiana, que junta o humor com um pingo de tragédia: mas não, ficou entre as gags Tatiescas (a da lavagem do carro é dez!) e aquela relação esquisita entre ele e a menina.

Monsieur Tati, em celulóide e a cores...

Em português mais simples, confesso que achei meio chato. Talvez haja, realmente, uma sutileza ou duas que eu perdi, e sem dúvida que precisamos sempre de tratamentos de roteiro que não recaiam no óbvio.

Infelizmente, minhas impressões são essas.

No blog de Elenora Rosset - de onde encontrei o pôster -, entretanto, interessantes informações que podem dar uma luz a mais na compreensão desta história e formato.

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